O Brasil é um país continental e conhecido pela sua diversidade e miscigenação racial. Segundo o IBGE, a população brasileira é classificada pelo critério de cor ou raça, se autodeclarando como pertencente a uma das seguintes etnias: branca, parda, preta, amarela ou indígena.
Seguindo os critérios desta classificação, podemos observar diferenças importantes na pele de cada uma das etnias, que ficam cada vez mais evidentes com a longevidade da população brasileira. Os efeitos dos fatores extrínsecos e intrínsecos se acumulam com o tempo, fazendo com que o controle ou tratamento dos sinais do envelhecimento precoce sejam importantes nos cuidados com a pele no dia a dia.
A pele branca, por exemplo, é característica dos indivíduos de ascendência europeia. É pouco pigmentada, o que torna esta etnia mais susceptível aos sinais do fotoenvelhecimento, além geralmente apresentar o estrato córneo mais fino e menos coeso, com as fibras de sustentação do tecido cutâneo menos organizadas. Com o passar da idade cronológica acentua-se a perda de colágeno e a desorganização das fibras elásticas da derme.
A pele amarela é característica dos povos asiáticos e, estudos realizados com várias populações da região – China, Índia, Coréia do Sul, Japão e Filipinas em diferentes faixas etárias, apontaram que no Japão a umidade na superfície da pele é maior, enquanto os indivíduos na China apresentam menor eficiência da função barreira do estrato córneo devido a maiores níveis de perda de água transepidermal (TEWL). De forma geral, a umidade da pele diminui com o avançar da idade cronológica, assim como o conteúdo de sebo, resultando em pele mais seca. A tonalidade da pele é decorrente dos índices de melanina e hemoglobina, ambos aumentando nos tons mais escuros. Foi observado que com o passar do tempo, o índice de melanina aumenta enquanto o nível de hemoglobina não se altera significativamente, o que talvez justifique a maior incidência de manchas devido a pigmentação, nesta população. (Galzote et al, March 2013, Skin Research and Technology).
A pele parda obviamente apresenta aumento na melanização o que proporciona maior proteção ao processo de fotoenvelhecimento, mas favorece o aparecimento de manhas. Tendem a ter a pele mais oleosa do que os indivíduos de pele branca. Os sinais mais evidentes do envelhecimento na população que se declara como tendo a pele parda são o aumento das pregas nasolabiais e as bolsas de gordura na pálpebra inferior.
A pele preta, de ascendência africana, possui mais melanossomas dispersos com maior quantidade de melanina, que são os responsáveis pela pigmentação. A epiderme apresenta o estrato mais espesso devido a maior atividade dos fibroblastos em comparação com a pele branca, o que leva a maior compactação e orientação paralela do colágeno, resultando na manutenção da integridade da matriz extracelular e aparência jovem por mais tempo em relação às outras etnias. Devido a alta pigmentação, esta população está menos sujeita aos efeitos e sinais do fotoenvelhecimento, o que não quer dizer que não necessitam de proteção contra os raios solares. Os sinais de envelhecimento nesta população são mais observados na região periorbital e na face média.
Ainda existem poucos estudos com a pele indígena para que se possa observar sinais característicos e gerais para esta população.
Além de nossa origem étnica, cada um de nós possui uma composição genética única. Isto significa que nossa pele será afetada pelo envelhecimento de maneiras diferentes e únicas ao longo de nossas vidas. Tudo isso confirma que, ao considerarmos o efeito do envelhecimento sobre a pele, é fundamental que levemos em conta o tipo de pele e a etnia. Isto ajudará você a cuidar melhor da sua pele, com produtos dermocosméticos personalizados para as suas necessidades específicas.
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